segunda-feira, junho 18, 2007

Uma questão de direcção


Cumprindo a sua tarefa profissional, o revisor do comboio pediu ao mundialmente famoso físico Dr. Albert Einstein, que lhe apresentasse o seu bilhete. O grande pensador começou a procurar em todos os bolsos, mas não conseguia encontrá-lo. A essa altura, o revisor percebeu quem ele era e disse: "Oh! Dr. Einstein, não se preocupe. Sei quem o senhor é... e confio no senhor. Não precisa mostrar o seu bilhete", e continuou o seu trabalho.

Alguns minutos mais tarde, ao voltar à carruagem onde o físico viajava, viu-o agachado, procurando embaixo dos assentos pelo bilhete perdido. Ele curvou-se e sussurou: "Por favor, levante-se. Não há problema. Confiamos no senhor. Não precisa mostrar o seu bilhete."

Nesse momento, Einstein levantou os olhos e respondeu: "Jovem, não se trata de confiança, mas de direcção. Estou procurando o bilhete porque não sei para onde estou indo."

segunda-feira, junho 04, 2007

Seguindo um padrão

A construção do novo aeroporto alimenta acesas polémicas e abre caminho à proclamação de disparates que conseguem, ainda, nos surpreender (o deserto ao sul do Tejo e o perigo de atentados terroristas às atravessias do rio ficarão gravados na memória dos portugueses).
Porquê tudo isto?

Mais do que a bondade da solução quero por a ênfase no abalo na confiança nos motivos que verdadeiramente movem os nossos decisores políticos. Não está em questão se deve ser construido e onde ele deve ficar, mas se podemos confiar no carácter de quem decide. O debate político ao invés de centrar-se na transparência de todo o processo, no que será a melhor solução e nos argumentos que a suportam, é levado para o caminho da suspeita e os argumentos para um insuportável atestado de estupidez passado ao comum dos portugueses.

Como em tudo na vida é preciso seguir o padrão mais elevado. Pergunto: qual é esse padrão?

sábado, junho 02, 2007

E quando nos sentimos como canas quebradas?

"Eis aqui o meu servo que escolhi, o meu amado em quem a minha alma se compraz; porei sobre ele o meu espírito, e ele anunciará aos gentios o juízo. Não contenderá, nem clamará, nem se ouvirá pelas ruas a sua voz. Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo; e no seu nome os gentios esperarão." Mateus 12.18-21

sexta-feira, junho 01, 2007

quinta-feira, maio 31, 2007

43 anos de casados

Foi há 43 anos que o Zé e a Isabel casaram. Graças a Deus que o fizeram. Sem eles como teria a minha Mira?
Mais a sério: Parabéns sogros. Gostamos muito de vocês.

Carácter

O que mais apreciamos nas pessoas com quem lidamos? O que nos atrai verdadeiramente ao ouvirmos os líderes do nosso Portugal e do mundo?

Eu valorizo principalmente o carácter. Para que servem as grandes ideias se a prática não corresponde? Combater a corrupção e ser corrupto? Defender grandes projectos a troco da autopreservação? Condenar a mentira e ser mentiroso (e não há pequenas e grandes mentiras ou mentiras "piedosas")? Ser líder e não saber ouvir e amar o próximo?

Cultivar o carácter é buscar a sabedoria e a compreensão e isso tem um preço: a dedicação e a paciência de quem trabalha na extracção do ouro e da prata e sabe que o caminho é estreito.

terça-feira, maio 29, 2007

Surpreendido

A actividade profissional é sufocante assim como as responsabilidades que assumo. Porém, fico surpreendido pela vontade de passar por aqui e mais ainda ao ler os comentários que os amigos e ilustres desconhecidos (por quanto tempo?), aqui deixam registado.

"Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.
Pois, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo"

domingo, maio 27, 2007

No dia 25 completei 22 anos de casado



"Mulher virtuosa, quem a pode achar? Pois o seu valor muito excede ao de jóias preciosas."
Não tenho jóias preciosas. Mas tenho uma mulher que amo cujo valor não sou capaz de determinar tão preciosa ela é.



O meu testemunho mais importante

Durante anos fui agnóstico. Não me preocupava em meditar sobre questões espirituais. Centrava os meus raciocínios em compreender a realidade social e a minha acção em integrar movimentos que lutavam por justiça social e aspiravam responder às necessidades materiais mais sentidas no meio onde vivia. Até os 27 anos fui dirigente associativo. Nos anos seguintes dediquei-me à actividade política. Ingressei no Partido Comunista Português e durante 10 anos fui seu funcionário. Naquele Partido desempenhei cargos dirigentes e de 1990 a 2001, fui seu candidato a diferentes eleições, eleito e chamado a exercer cargos públicos.
O ano de 2000 marcou o início do abalo das minhas convicções. Acreditava na capacidade humana em construir uma sociedade justa, de paz e de alegria. Sabia não estar tal sociedade no horizonte imediato mas acreditava na força do ideal, nos amigos e companheiros que comigo faziam o percurso, no avanço da história rumo à sociedade idealizada. Descobri de forma dramática a Verdade que está escrita: “não confieis em príncipes, nem em filhos de homens, em quem não há salvação”.
Em Janeiro de 2001 um novo acontecimento acrescenta dor à tristeza em que vivia: o falecimento do meu pai. No final desse ano traumático decido abandonar a actividade política. Concretizo a decisão após mais uma derrota dum projecto autárquico que acreditava ser vitorioso e no qual me refugiara e me empenhara.
Começar tudo de novo era o meu objectivo. Mas, as coisas continuavam a não correr bem: a proposta de trabalho que tinha não se concretizou e fiquei desempregado. Após algum tempo de inactividade obtenho um emprego numa profissão que nunca tinha exercido e que está longe de corresponder às minhas expectativas. A exigência e a responsabilidade são grandes e, muitos são os momentos frustrantes. Dedico ao trabalho mais e mais horas do dia e da noite.
A tristeza que sentia na época era algo indescritível. Mas o quadro não estava ainda completo. Em Setembro de 2002, é-me diagnosticado um tumor e a urgência duma operação cirúrgica para a nefrectomia total do rim direito.
Agora não era só a minha tristeza. Era o sofrimento que causava a quem amo. Era demais!
Mas, numa noite em Outubro ao jantar num restaurante de Lisboa senti uma paz inexplicável. Nesse restaurante repleto de clientes e exíguo no espaço, dei comigo a falar à minha esposa palavras de conforto, de esperança e de confiança na vida futura.
Falei-lhe da forma milagrosa como o tumor me fora detectado e que os médicos consideraram tratar-se dum “achado radiológico”. Eu tive uma única cólica renal no rim esquerdo e os exames que realizei por ter tido essa cólica revelaram a doença no outro rim. O esquerdo estava bom e recomendava-se. Nenhum outro sintoma houve que me alertasse para a terrível doença que estava no meu corpo.
Naquele jantar dei comigo a testemunhar à minha esposa da existência dum Deus bom para comigo. Eu, um descrente, ali estava a falar na certeza da existência de Deus e de Ele ter um propósito para a minha vida.
Pouco tempo depois vivi uma nova experiência marcante. No meu local de trabalho recebi a visita duma prima que é crente em Jesus Cristo. Ela veio me dizer simplesmente que eu não estava só na luta pela minha vida. Um grupo de pessoas estavam a orar por mim. Embora, não estivesse habituado a ouvir tal coisa, não estranhei a conversa nem a comunicação que ela me estava a fazer. É que eu sabia no meu coração que as suas orações já haviam sido respondidas e já não era a doença que me preocupava mas sim a fome que me possuía em querer conhecer mais deste Deus até então desconhecido.
Em 10 de Janeiro de 2003 fui operado com sucesso. O cancro, embora maligno, fora detectado no tempo certo e nenhum tratamento adicional foi necessário até hoje.
Há um livro na Bíblia chamado “Apocalipse”. Nele está escrito o seguinte: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei na sua casa e com ele cearei e ele comigo”.
Naquele jantar de Outubro, senti-O à porta, ouvio-O e convidei-O a entrar na minha vida. O meu testemunho resume-se ao seguinte: Cristo Jesus vive e é o meu Senhor. Quem o buscar de todo o coração encontrá-lo-á.

A pedido de várias familías...

A pedido de várias familias estou de volta. Mais a sério: os amigos nunca nos deixam cair e até são capazes de incentivar a voltar a escrever algo num blog como este. Por eles aqui estou de volta agradecido pelas palavras amigas.
Agora vão ter que me aturar e dispensar alguns segundos a passarem por aqui...

O novo mapa de Portugal